quarta-feira, 8 de junho de 2011

DPO - Documento de Posição Oficial

Devido à falta de divulgação, o DPO poderá ser eviado para o email mundocmpa@hotmail.com até quarta-feira (15/06) para os alunos do 1º e 2º ano, e até sexta-feira (17/06) para os alunos do 3º ano, devido às AE's.

Para melhor explicar o que é um documento de posição oficial, segue o post abaixo:


Preparação do Documento de Posição:

O objetivo do documento de posição é explicar aos outros delegados do seu comitê qual a posição adotada pelo seu país de acordo com o tópico tratado. Dessa forma, todos os delegados de diferentes países têm acesso aos documentos de posição alheios, podendo assim compreender a posição de determinado país sobre o tema e elaborar uma estratégia de ação – quem são os aliados e os não aliados, decidir com quem barganhar, etc. Nesse sentido, cada delegado escreve seu documento de posição e o envia para o email institucional de seu respectivo comitê até o dia 15/06 (17/05 para o 3º ano). Além disso, este documento deve ser entregue impresso aos diretores do comitê no dia da passagem de regras, 17/04. Dessa forma, todos os documentos de posição estarão disponíveis para consulta durante a simulação.

O documento de posição deve ser elaborado de acordo com alguns parâmetros, tais como o uso do brasão do país ou do seu Ministério das Relações Exteriores no cabeçalho. É importante ressaltar que não é a bandeira, e sim o brasão, que deverá ser posto neste documento. Em seguida, deve–se colocar o comitê ao qual se destina este documento de posição, o nome do delegado ou dos delegados, em caso de dupla, e opcionalmente a instituição da qual vem o delegado.

No que concerne o conteúdo do texto, é necessário inicialmente determinar a política externa geral do país – como ele age e define suas relações com os outros países. A Argentina, por exemplo, preza pela democracia e o desenvolvimento econômico como fator de estabilidade interna; a China busca a não intervenção nas questões internas; os países árabes seguem preceitos muçulmanos na determinação de sua política externa. Um ou dois parágrafos devem ser destinados para essa parte.

O segundo ponto a ser abordado é referente ao tópico a ser discutido no comitê. É importante ressaltar qual a importância do tópico para seu país, quais ações têm sido tomadas pelo seu país referentes à questão e como ela é vista por você na função de representante. Destine dois ou três parágrafos a esta parte – é a segunda mais importante.

Por fim, estabeleça quais as soluções propostas por você e seu país. Para determinar quais as soluções propostas, é interessante, por exemplo, buscar discursos realizados por representantes de seu país na Assembléia Geral ou no Conselho de Segurança da ONU. Esta é a parte mais importante do seu documento de posição. Destine a ela dois parágrafos. O tamanho do documento de posição não é fixo, mas em geral ele possui uma página. Pede-se somente que o documento não ultrapasse duas páginas. Abaixo segue um modelo de documento de posição.


Exemplo:

República Francesa:

Conselho Diretor da Organização Pan-Americana de Saúde

Representante: Fulano da Silva
 
Tema: A saúde pública nas áreas de fronteira – a questão dos recursos humanos.
 
A saúde pública internacional tem sido foco freqüente de debate em fóruns multilaterais. Organizações e instituições, não só ligadas ao campo da saúde, têm tratado de forma cada vez mais relevante de um assunto que é da maior importância para a manutenção do desenvolvimento da humanidade. A República Francesa, com essa mesma atitude de cooperação e solidariedade, visando a uma crescente melhoria do padrão de vida dos povos, faz-se representar em mais este encontro do Conselho Diretor da Organização Pan- Americana de Saúde. Desenvolvimento
 
O Governo Francês entende que o tema a ser discutido é central para os países das Américas, incluindo nossos departamentos ultramarinos. Parcerias entre os Estados presentes no Conselho Diretor da OPAS, sejam elas bilaterais ou multilaterais, entre governos e Organizações Não-Governamentais, e a participação da sociedade em toda a sua amplitude, são certamente as formas mais eficazes para solucionarmos as deficiências ainda existentes no que tange à questão dos recursos humanos nas
áreas de fronteira.
De fato, a nação francesa, como fundadora do ITSF (International Therapeutic Solidarity Fund), busca auxiliar na implementação de projetos de combate ao HIV e à malária, investindo 7 bilhões de euros na América Latina e Caribe. Como exemplo, há o programa de cooperação Guiana Francesa-Brasil, cujo objetivo é a prevenção da malária na região fronteiriça. Assim sendo, a França empenha-se em prestar auxílios técnicos e emergenciais para proporcionar melhoras no sistema de saúde local e aproximar as relações entre as nações americanas e a França.
 
Reforçar iniciativas conjuntas como as tomadas pela OPAS e pela Organização Internacional do Trabalho na resolução CE130.R9 (junho de 2002) da 130a sessão do Comitê Executivo é absolutamente necessário para que possamos atingir os melhores resultados. A idéia de extensão da proteção social na Saúde, defendida no Documento CSP26/12, em que se baseia tal resolução, deve ser voltada para um reforço do contingente de profissionais da área de saúde nas fronteiras. Uma vez concluída essa etapa, os governos deveriam buscar a solução de outras duas problemáticas: a definição de quais territórios compõem as fronteiras internacionais e a concessão de maior autonomia deliberativa para os hospitais e centros médicos de tais regiões.
 
Uma definição de fronteira determinada pelo Conselho Diretor não seria ideal para as realidades do continente, devido às muitas peculiaridades de suas sub-regiões. A França propõe que tal impedimento seja resolvido em face das necessidades de cada sub-região, a fim de termos soluções mais efetivas.

A América Latina e o Caribe não podem mais conviver com o alarmante fato de que 22% da sua população não têm acesso a um atendimento de saúde por motivações geográficas. A dificuldade em se prestar um serviço público de saúde de qualidade nas fronteiras é, em grande parte, responsável por tal índice. A pari e in bona fide, o Governo Francês mais uma vez solidariza-se com os povos americanos e buscará, junto com seus parceiros da União Européia e das Américas, a melhor resolução possível para o problema.

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